domingo, 21 de dezembro de 2008

A sabedoria dos santos

Deus é como o médico ; não atende aos desejos do doente, atende apenas as exigências da saúde.
Santo Agostinho ( 354 - 430 dC. )

Sagrada Escritura

Não fujas dos que choram, aproxima-te dos que estão aflitos. Não temas ocupar-te dos doentes, porque serás amado por isso.
Eclo 7, 34 - 35

domingo, 2 de março de 2008

Oracões para as Refeições

Portanto, quer comais quer bebais ou façais qualquer outra coisa, fazei tudo para a glória de Deus.
ICoríntios 10,31

Oração para antes das refeições :
Abençoai Senhor estes alimentos que vamos receber, por vossa bondade, e dai pão a quem tem fome e sede de justiça a quem tem pão. Amém.

Oração para depois das refeições :
Obrigado Senhor por esse alimento que recebemos, fruto do nosso trabalho. Pedimos que nunca falte em nossa mesa e na mesa das famílias necessitadas. Amém.

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

A fé de Adélia Prado

"Tenho confissão de fé católica. Minha experiência de fé carrega e inclui esta marca. Qual a importância da religião? Dá sentido à minha vida, costura minha experiência, me dá horizonte."
Adélia Prado.

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Oração de Santo Tomás de Aquino

Concede-me , Senhor meu Deus, uma inteligência que te conheça, uma angústia que te procure, uma sabedoria que te encontre, uma vida que te agrade, uma perseverança que te espere com confiança e uma confiança que te possua, enfim!

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Reconhecida autenticidade de aparições marianas em Ruanda

As aparições de Kibeho, o aviso e o castigo
Em muitas manifestações sobrenaturais, Nossa Senhora alerta, como Mãe, sobre a proximidade da punição; mas Ela não pode opor-se à justiça divina, quando os pecadores não cessam de ofender a Deus. Não correspondendo à advertência, o castigo se descarrega sobre os homens.
Valdis Grinsteins
São 12:35 h do dia 28 de novembro de 1981, na localidade de Kibeho, em Ruanda, pequeno país localizado bem no coração da África. No refeitório da escola religiosa que freqüenta, Alphonsine Mumureke, de 17 anos, ouve uma voz: “Minha filha!”.
Julgando estranho esse chamado, a adolescente dirige-se ao corredor do edifício e encontra uma linda Senhora. Esta aparece toda vestida de branco, com um véu em torno do pescoço, as mãos juntas sobre o peito como em oração.
Alphonsine pergunta-lhe: “Quem é a Senhora?”.
— “Ndi Nyina Wa Jambo” (responde ela na língua nativa) — “Sou a Mãe do Verbo”. E continua: “Vim para te acalmar, porque tenho escutado tuas orações. Quisera que tuas amigas tivessem muita fé, porque elas não crêem com fé suficiente”
Inicia-se a extraordinária história de uma das poucas aparições do século XX reconhecidas até agora pela Igreja.
Com efeito, das cerca de 400 aparições marianas registradas no século XX, cerca de 12 têm reconhecimento do Vaticano ou dos bispos com jurisdição no local da aparição. Este reconhecimento deu-se em 29 de junho pelo bispo Augustine Misago, numa missa na catedral de Gikongoro, na qual estavam presentes os outros bispos do país e o núncio apostólico em Kigali, Mons. Salvatore Pennacchio. No mesmo dia o Vaticano publicou a notícia da aprovação, dando assim respaldo à declaração episcopal(1).

Confusão: artifício do demônio
Quem pela primeira vez toma conhecimento das aparições de Kibeho nota que em torno delas se apresenta uma característica comum: a confusão. Em Kibeho, após ter aparecido a Alphonsine, Nossa Senhora ainda manifestou-se a outras duas moças, Nathalie Mukamazimpaka (entre janeiro de 1982 e 3 de dezembro de 1983) e Maria Clara Mukangango (que viu Nossa Senhora várias vezes entre 2 de março e 15 de setembro de 1982). A própria Alphonsine teve várias aparições até 1989. Estas, e as aparições às outras duas videntes, foram confirmadas pela autoridade eclesiástica.
É freqüente porém que, havendo verdadeiras aparições em determinado lugar, o demônio procure multiplicar o número de “videntes” e de falsas aparições para desacreditar as verdadeiras. Assim, surgiram pouco depois outras pessoas dizendo ter sido favorecidas por aparições sobrenaturais, começando então a circular todo tipo de supostas mensagens “celestes”. Houve até pessoas que, seguindo falsos visionários, chegaram ao suicídio coletivo...
As primeiras aparições — as verdadeiras — ocorreram na escola onde as jovens estudavam, despertando reações diversas, favoráveis e contrárias. No início, numerosas pessoas zombavam de Alphonsine. Uma das mais desconfiadas era Maria Clara, que depois, ela própria, foi favorecida por numerosas aparições. Com o passar do tempo, e tendo ocorrido várias conversões, foi aumentando a aceitação do fato sobrenatural.

Noção do pecado coletivo
O bispo Augustine Misago, numa missa da catedral de Gikongoro, reconheceu a veracidade das aparições. Em tão numerosas aparições, o que Nossa Senhora comunicou?
Essencialmente Ela pediu orações, a renúncia ao pecado, o arrependimento e confissão destes. E, ponto importante a ser notado, mostrou as conseqüências do pecado.
Hoje em dia, a maioria das pessoas considera que ser católico consiste em assistir à missa aos domingos e, quando muito, praticar em particular ou em pequenos grupos alguma ação religiosa ou social.
A idéia de que Deus deve ser reconhecido e cultuado pelos homens não só individualmente, mas pelo conjunto da sociedade enquanto tal, e de forma pública, está infelizmente desaparecendo. E a par disso vai se extinguindo em nossos contemporâneos a noção da gravidade do pecado coletivo. É por isso que numerosos católicos manifestam-se indiferentes quanto ao combate aos pecados coletivos, como a adoção legal do aborto, do homossexualismo, do laicismo, do ateísmo etc. Pensam eles que, não cometendo tais pecados particularmente, não têm outras obrigações, e com isso estariam isentos de qualquer castigo divino.
Entretanto, Nossa Senhora nessas aparições revelou as graves conseqüências dos numerosos pecados coletivos que se cometiam em Ruanda. Por exemplo, pouco antes das aparições, houve no país uma onda de destruições de imagens religiosas. Não consta que tenham sido praticados atos públicos em reparação por tais pecados.
Por isso, têm especial importância as aparições ocorridas no dia 19 de agosto de 1982, em que as videntes viram Nossa Senhora chorando. Elas também acompanharam o pranto da Mãe de Deus. Mais de uma vez, alguma delas chegou a desmaiar. No total, foram oito horas seguidas de visões
terrificantes : multidões em fuga por ocasião das matanças profetizadas por Nossa Senhora nas aparições .Segundo as jovens, Nossa Senhora apareceu triste, contrariada, verdadeiramente “encolerizada”.
Alphonsine Mumureke contou que a Santíssima Virgem chorava. E as três jovens foram vistas tremendo, batendo os dentes e caindo por terra como mortas. Disseram elas ter visto “um rio de sangue, pessoas que se matavam umas às outras, cadáveres abandonados sem alguém que os enterrasse, uma árvore toda em fogo, um abismo escancarado, um monstro, cabeças decapitadas”. E contaram ter ouvido dos lábios da belíssima Senhora, envolta num traje esplendoroso, frases do tipo: “Os pecados são mais numerosos que as gotas do mar. O mundo corre em direção à ruína. O mundo está cada vez pior”(2).
Nesse dia, milhares de pessoas estiveram presentes no local das aparições. Todas saíram sob uma forte impressão de medo e tristeza.

Confirmação das visões
A última aparição de Kibeho, em 28 de novembro de 1989, ocorreu exatamente oito anos após a primeira. O bispo local nomeou uma comissão médica e outra teológica para investigar os fatos. Um santuário foi construído no local das aparições, tornando-se ponto de peregrinações.
Mas não se operou a conversão dos pecadores como Nossa Senhora pedira e, menos de cinco anos após a última aparição, caiu o tremendo castigo sobre aquela infeliz nação africana.
Entre abril e junho de 1994, ocorreu uma onda de massacres cuidadosamente planejada. Em Ruanda, onde quase metade da população se declarava católica, foi sendo cultivado, sob diversos pretextos, o ódio entre as duas raças principais que compõem o país: a dos hutus e a dos tutsis.
Invocando a morte do presidente do país em um atentado, 30.000 facínoras, aglutinados em torno de um partido, lançaram-se numa cruel caçada aos adversários. Aldeias inteiras foram massacradas, sendo a maioria das vítimas mortas a machadadas. Tantos corpos foram lançados no rio Kagera, que este ficou conhecido como Rio do sangue.
Pior. Numa terra já devastada por numerosas matanças, as igrejas haviam sido refúgios respeitados, onde as pessoas podiam se proteger para escapar às carnificinas. Mas desta vez isto não aconteceu. O próprio santuário edificado em Kibeho, repleto de refugiados — aproximadamente 4.000 pessoas — foi cercado pelos milicianos hutus. Estes lançaram granadas dentro do templo, mataram os sobreviventes a machadadas e queimaram os restos do edifício sagrado.
Uma das videntes, Maria Clara Mukangango foi morta ,com o marido, no povoado de Byumba.
No decorrer de três meses milhares de pessoas foram massacradas. Até hoje o número exato é controvertido. Alguns falam em 250.000, outros chegam a calcular um milhão. A cifra mais provável gira em torno de 800.000 mortos. Verdadeiro massacre, classificado como “o maior genocídio africano dos tempos modernos”(3).

Advertência para todo o mundo
Numa das aparições, Nossa Senhora comunicou a uma das videntes, Maria Clara: “Quando falo contigo, não estou me dirigindo só a ti. Mas estou fazendo um apelo a todo o mundo”. A vidente narrou que a Virgem descrevia o mundo como estando “em revolta” contra Deus.
Dificilmente alguém pode negar tal afirmação. Os pecados dos quais Nossa Senhora se queixou em Ruanda são cometidos — e quantos até mais graves — em todo o mundo. Basta pensar na proliferação das legislações abortistas, e as do chamado “casamento” homossexual.
Se em Ruanda os pecados descritos por Nossa Senhora foram punidos com tanta severidade, os pecados coletivos que se cometem em nosso País não devem também atrair, no rigor da lógica, tremendos castigos divinos?
Seriam então tais considerações motivo para desânimo? Pelo contrário! Devem ser elas motivo para animar-nos a atuar com mais empenho em prol da restauração de uma sociedade plenamente católica. Se o castigo divino nos surpreender em meio a essa benemérita atuação, a misericórdia de Deus tomará isso em consideração, em nosso favor.
E-mail do autor: Valdisgr@Yahoo.com
______
Notas:
(1) Cfr. “Radio Vaticana”, 30-6-01.
(2) “Avvenire”, Milão, 30-6-01, Sim, Maria realmente apareceu em Ruanda.
(3) “BBC”on line, Londres, 7-6-01, Rwanda, how the genocide happened.

Mais em :
http://www.corazones.org/maria/kibeho.htm
http://www.youtube.com/watch?v=sfTtIl_MXaU
Zenit :
Ano jubilar pelo 25º aniversário das aparições marianas em Ruanda [2006-11-10]Anuncia a diocese de Gikongoro
Projeto cinematográfico sobre as aparições da Virgem em Ruanda [2005-10-07]Apoiado por «Ajuda à Igreja que Sofre»
Consagrado o santuário de Kibeho, símbolo de paz para Ruanda [2003-06-03]O cardeal Sepe presidiu a cerimônia chamando à conversão

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Sacerdote ortodoxo romeno e sua paróquia se tornam católicos

Após cura de sua mãe de um tumor inoperável por intercessão de São Pio de Pietrelcina
PESCENA, terça-feira, 27 de novembro de 2007 (ZENIT.org).- Enquanto na Itália se intensificava o debate sobre os estigmas do Padre Pio, em um povoado da Romênia se punha a primeira pedra da primeira igreja dedicada ao santo de Pietrelcina, em um dos países que até pouco tempo girava em torno da União Soviética.O evento, segundo informou Renzo Allegri à Zenit, aconteceu no povoado de Pesceana, comarca de Valcea, na Romênia centro-meridional, graças ao Pe. Victor Tudor, sacerdote romeno que, até alguns anos atrás, era ortodoxo, mas que, após conhecer a existência do Padre Pio e ser testemunha de um grande milagre, realizado por Deus por intercessão do santo capuchinho, quis entrar na Igreja Católica e com ele todos os seus paroquianos. Tudo começou em 2002. Lucrecia Tudor, mãe do Pe. Victor, que tinha então 71 anos, tinha um tumor no pulmão esquerdo. Os médicos romenos, após submetê-la a exames clínicos, disseram que lhe restavam poucos meses de vida. Não se podia nem sequer tentar uma intervenção cirúrgica porque o tumor produziu metástase. O Pe. Victor pediu ajuda a seu irmão, Mariano Tudor, um jovem e reconhecido pintor romeno, especialista em iconografia, que vive e trabalha em Roma, esperando que conhecesse algum importante médico italiano, capaz de realizar o impossível. Mariano contatou com um dos cirurgiões mais célebres do mundo, que havia operado inclusive Bill Gates. «Faça a sua mãe chegar a Roma e tentarei salvá-la», disse o professor. Mariano levou a sua mãe a Roma e o professor examinou o expediente clínico dos colegas romenos e realizou exames mais detalhados na paciente. Mas também ele, ante o quadro clínico, disse que uma operação era já inútil. Podia-se intervir só com fármacos para sedar as dores que seriam fortes, sobretudo na fase terminal. Mariano ficou com sua mãe em Roma e a levava ao hospital para realizar controles. Estava trabalhando no mosaico de uma igreja e, como sua mãe não conhecia o italiano, ele a levava consigo. Enquanto ele trabalhava, sua mãe percorria a igreja, contemplando os quadros e as estátuas. Em um lugar, havia uma grande estátua do Padre Pio. Lucrecia ficou impressionada e perguntou a seu filho quem era. Mariano lhe relatou brevemente a história. Nos dias seguintes, ele percebeu que sua mãe passava todo o tempo sentada diante da imagem, com a qual conversava como se fosse uma pessoa viva. Passados cerca de quinze dias, Mariano levou sua mãe ao hospital para o controle e os médicos constataram com estupor que o tumor havia desaparecido. A mulher, ortodoxa, pediu ajuda ao Padre Pio e este a havia escutado. «A cura prodigiosa de minha mãe, realizada por intercessão do Padre Pio a favor de uma mulher ortodoxa, me impressionou muito – relata o Pe. Victor. Comecei a ler a vida do santo italiano. Contei a meus paroquianos o que havia acontecido. Todos conheciam a minha mãe e todos sabiam que havia ido à Itália para tentar uma intervenção cirúrgica, e que depois havia voltado para casa curada sem que nenhum médico a tivesse operado. Em minha paróquia, começaram a conhecer e a amar o Padre Pio. Líamos tudo o que encontrávamos sobre ele. Sua santidade nos conquistava. Enquanto isso, também outros enfermos de minha paróquia receberam graças extraordinárias do Padre Pio. Entre minha gente se difundiu um grande entusiasmo e, pouco a pouco, decidimos tornar-nos católicos, para estar mais próximos dele.»A passagem da Igreja Ortodoxa à Católica requereu um longo procedimento jurídico. E dificuldades de todo tipo, explica em seu artigo Renzo Allegri. Mas o Pe. Victor e seus paroquianos não se detiveram ante as dificuldades. «Com a ajuda do Padre Pio – diz Allegri – seus projetos se tornaram realidade. E imediatamente começaram a recolher os fundos necessários para a construção de uma igreja para dedicá-la ao Padre Pio». «Os fundos são o resultado das economias desta pobre gente, e da ajuda de alguns católicos alemães que souberam de nossa história», diz o Pe. Victor. «E são meus paroquianos os que estão levando adiante as obras, trabalhando gratuitamente. Em maio, iniciamos as obras de fundação. Há alguns dias, celebramos solenemente a colocação da primeira pedra. E foi uma grande festa, porque quem veio para celebrar a cerimônia foi sua beatitude Lucian Muresan, arcebispo metropolitano de Fagaras e Alba Julia dos Romenos, ou seja, a máxima autoridade da Igreja greco-católica na Romênia. Ao acabar a cerimônia, o metropolita quis conhecer a minha mãe, curada por um milagre do Padre Pio, e tirou uma foto com ela.»

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Tempo de Natal - Epifania

Ignoramos em que dia Jesus nasceu. Os cristãos do século III escolheram, para comemorar esse evento, uma data particularmente significativa: o dia 25 de dezembro, a noite mais longa do ano. O motivo dessa escolha é simples: no tempo de nova luz na natureza, novo ano solar, festeja-se a festa da Luz nova que jamais se apagará: "Jesus, verdadeiro sol de justiça", repetindo as palavras do profeta Malaquias 3,20. Desde então, a Igreja começou a celebrar as duas grandes festas que indicam as etapas da vinda de Deus entre os homens: a Natividade e a Epifania. No dia da Natividade ou Natal, festejamos a presença humilde de Deus no meio dos homens; no dia da Epifania, a manifestação dessa presença aos gentios e ao mundo. A Epifania é para o Natal o que Pentecostes é para a Páscoa, ou seja, o seu desenvolvimento e a sua proclamação no mundo, e prolonga-se na festa do Batismo do Senhor, como manifestação ao povo eleito. A oitava de Natal, 1º de janeiro, glorifica o nome de Jesus, que significa "o Senhor salva", e resume o sentido da encarnação acontecida em Maria, Mãe de Deus. Assim, através dessas quatro festas, o tempo de Natal nos faz passar do mistério da encarnação ao início do ministério de Jesus. Também a reforma litúrgica do concílio Vaticano II confirma a estrutura desse tempo, que vai das primeiras Vésperas do Natal até o domingo que se segue à Epifania. Enriqueceram-se os textos litúrgicos das celebrações e inseriu-se a missa vespertina da vigília; solenizou-se a maternidade divina de Maria, bem como o batismo de Jesus. A festa da Sagrada Família foi deslocada para o domingo que segue o Natal. As celebrações do tempo natalino não param nos fatos históricos, mas remontam a seu verdadeiro fundamento, que é o mistério da encarnação; por isso, a Igreja entoa o canticum novum de Davi, pois Jesus, assumindo a natureza humana, tornou-se nosso caminho, verdade e vida, para nos obter a vida eterna com Ele, no Pai: "Ora, a vida eterna consiste em que te conheçam a ti, um só Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, que enviaste" (Jo 17,3), e ainda: "Mas a todos que o receberam, deu-lhes o poder de virem a ser filhos de Deus"(Jo 1,12).
Fonte: http://br.geocities.com/worth_2001/index.htm

Dezembro: Fim e Recomeço

O mês de dezembro representa um fim,... mas um fim que anuncia um recomeço ou um novo ano.
Essa sucessão de anos, que vão sendo contados em ordem crescente, faz pensar: um aumento numérico (2006, 2007, 2008...) sem aumento qualitativo pode gerar monstruosidade; exige qualidade correspondente à quantidade que cresce. O fim do ano nos aproxima do fim de nossa caminhada na terra, mas nos aproxima também do começo de nossa vida definitiva. Se o corpo envelhece, a alma não envelhece; é dotada de juventude perene; se na velhice do corpo ela não se manifesta, isto se deve a deterioração do corpo, e não a insuficiência da alma humana, que tem o corpo como seu instrumento.
Nesse contexto pode-se crer que três sentimentos movem o cristão peregrino na terra:
1) Gratidão ao Senhor pelo dom da vida. O tempo é a primeira dádiva de Deus ao homem; é tempo redimido pelo sangue de Cristo, tempo de santificação ou kairós. Junto com a gratidão vai um ato de arrependimento pelo possível descaso do tempo que foi confiado a cada um. Arrepender-se não humilha é atitude nobre, que supõe a coragem de reconhecer a verdade e confessá-la a Deus e a quem compete ouvi-la.
2) Mais maturidade... A vida é uma escola, em que vamos aprendendo a escalonar sempre melhor os nossos valores, de modo a viver sempre mais acertadamente na demanda do Absoluto e Definitivo. O começo de novo ano é um convite a mais seriedade e profundidade. São Paulo fala muito do crescer em maturidade: "Não sejamos crianças, joguetes das ondas, sacudidos por qualquer vento de doutrina; ao contrário, com a sinceridade do amor, cresçamos até alcançar inteiramente aquele que é a Cabeça, Cristo" (Ef 4,14s).
3) Alegria... Se, de um lado, o corpo vai-se fragilizando com o tempo e obrigando a renunciar a muitos valores legítimos, de outro lado, o cristão se regozija porque vai chegando ao fim da sua peregrinação e, como um barco que navega, é mais e mais penetrado pela luz da vida definitiva emitida pelo porto ao qual tende. A vida do cristão não pode deixar de ser marcada por uma viva alegria interior, pois deve ser um progresso que, deixando para trás infantilismo e imaturidade, vai sendo invadida pelos valores eternos que lhe serão cada vez mais próximos. Só há um mal que possa perturbar essa alegria íntima: o pecado ou a fuga diante do Absoluto e Eterno.
É com estas ponderações que desejamos a todos os nossos leitores e amigos um santo fim de ano e abençoado 2008, que seja um passo largo em demanda da Eternidade!

Pe. Estêvão Bettencourt, OSBDiretor Emérito da Escola Mater Ecclesiae
fonte: www.materecclesiae.com.br

sábado, 10 de novembro de 2007

A conversão de Voltaire

O catedrático de filosofia Carlos Valverde escreve um surpreendente artigo em que documenta historicamente a conversão de um dos mais célebres inimigos da Igreja Católica.

UM 30 DE MAIO DO ANO 1778: A investigação de documentos antigos sempre mostra surpresas. A última me veio ao folhear o tomo XII de uma velha revista francesa, Correspondance Littérairer, Philosophique et Critique (1753-1793), monumento riquíssimo para conhecer o século do Iluminismo e o começo da Grande Revolução.
Todos sabemos quem foi Voltaire: o pior inimigo que teve o cristianismo naquele século XVIII, em que emitia críticas cruéis. Com os anos crescia seu ódio ao cristianismo e a Igreja. Era nele uma obsessão. Cada noite cria haver afastado a infâmia e cada manhã sentia a necesidade de voltar a declarar: o Evangelho só havia trazido desgraças sobre a Terra.
Manejou como ninguém a ironia e o sarcasmo em seus inúmeros escritos, chegando até o inominável e o degradante. Lhe chamaram de o anticristo. Foi o mestre de gerações inteiras incapazes de compreender os valores superiores do cristianismo, cujo desaparecimento prejudica e empobrece a humanidade.
Pois bem, no número de abril de 1778 da revista francesa acima citada (páginas 87-88) se encontra nada menos que a cópia da profissão de fé de M. Voltaire. Literalmente diz assim:
«Eu, o que escreve, declaro que havendo sofrido um vômito de sangue faz quatro dias, na idade de oitenta e quatro anos e não havendo podido ir a igreja, o pároco de São Suplício quis de bom grado me enviar a M. Gautier, sacerdote. Eu me confessei com ele, se Deus me perdoava, morro na santa religião católica em que nasci esperando a misericórdia divina que se dignará a perdoar todas minhas faltas, e que se tenho escandalizado a Igreja, peço perdão a Deus e a ela.
Assinado: Voltaire, 2 de março de 1778 na casa do marqués de Villete, na presença do senhor abade Mignot, meu sobrinho e do senhor marqués de Villevielle. Meu amigo».
Assinam também: o abade Mignot, Villevielle. Acrescenta:
«Declaramos a presente cópia conforme a original, que foi entregue às mãos do senhor abade Gauthier e que ambos confirmamos e que ambos temos firmado, como firmamos o presente certificado. Paris, 27 de maio de 1778. Abate Mignot, Villevielle».
Que a relação pode estimar-se como autêntica o demonstram outros documentos que se encontram no número de junho da mesma revista - nada clerical, por certo-, pois estava editada por Grimm, Diderot e outros enciclopedistas.
Voltaire morreu em 30 de maio de 1778. A revista lhe exalta como "o maior, o mais ilustre e talvez o único monumento desta época gloriosa em que todos os talentos, todas as artes do espírito humano pareciam haver se elevado ao mais alto grau de sua perfeição".
A família quis que seus restos repousassem na abadia de Scellieres. A 2 de junho, o bispo de Troyes, em uma breve nota, proíbe severamente ao prior da abadia que enterre no sagrado o corpo de Voltaire. A 3 o prior responde ao bispo que seu aviso chega tarde, porque - efetivamente - já tinha sido enterrado na abadia.
A carta do prior é longa e muito interessante pelos dados que contêm. Eis o que mais nos interessa agora: a família pede que ele seja enterrado na cripta da abadia até que possa ser trasladado ao castelo de Ferney. O abade Mignot apresenta ao prior o consentimento firmado pelo pároco de São Suplício e uma cópia - assinada também pelo pároco - "da profissão de fé católica, apostólica e romana que M. Voltaire tem feito nas mãos de seu sacerdote, aprovado na presença de duas testemunhas, das quais uma é M. Mignot, nosso abade, sobrinho do penitente e outro, o senhor marquês de Villevielle (...) Segundo estes documentos, que me pareceram e ainda me parecem autênticos - continua o prior - penso que faltaria com meu dever de pastor se lhe houvesse recusado os recursos espirituais. (...)Nem me passou pelo pensamento que o pároco de São Suplício houvesse podido negar a sepultura a um homem cuja profissão de fé havia legalizado (...). Creio que não se pode recusar a sepultura a qualquer homem que morra no seio da Igreja (...) Depois do meio-dia, o abade Mignot tem feito na igreja a apresentação solene do corpo de seu tio. Cantamos as vésperas dos defuntos; o corpo permaneceu a noite toda rodeado de círios. Pela manhã, todos os eclesiásticos dos arredores (...) tem dito uma missa na presença do corpo e eu celebrei uma missa solene às onze, antes da inumação (...) A família de M. Voltaire partiu esta manhã contente das honras rendidas a sua memória e das orações que temos elevado a Deus pelo descanso de sua alma. Eis aqui os fatos, monsenhor, na mais exata verdade".
Assim me parece que passou deste mundo ao outro aquele homem que empregou seu temível e fecundo gênio em combater ferozmente a Igreja.
A Revolução trouxe em triunfo os restos de Voltaire ao panteão de Paris - antiga igreja de Santa Genoveva - , dedicada aos grandes homens. Na escura cripta, frente a de seu inimigo Rosseau, permanece até hoje a tumba de Voltaire com este epitáfio:
«Aos louros de Voltaire. A Assembléia Nacional decretou em 30 de maio de 1791 que havia merecido as honras dadas aos grandes homens".

Corpos incorruptos de santos e beatos

Veja em:
http://www.veritatis.com.br/article/3417
http://stdominic3order.blogspot.com/2007/01/santos-incorruptos.html
http://www.lepanto.com.br/CorpSant.html
http://www.paginaoriente.com/santosdaigreja/incorruptos.htm
http://www.cot.org.br/igreja/corpos-incorruptos.php

Fé sob ataque

Múltiplos ataques na sociedade pós-cristã
Pe. John Flynn, LCROMA, domingo, 15 de julho de 2007 (ZENIT.org).- A hostilidade em relação ao cristianismo está-se tornando cada vez mais um fato comum em muitos paises. Até nos países mais católicos a religião sempre encontrou oposição, mas como os recentes eventos demonstram, os fiéis estão-se deparando com freqüentes episódios de animosidade, seja por indivíduos ou instituições.O cardeal Carlo Caffarra, arcebispo da cidade italiana de Bolonha, protestou fortemente contra uma representação blasfema da Virgem Maria, parte de uma exibição de arte local. Em 19 de junho, o cardeal presidiu uma missa de reparação pela ofensa, celebrada no templo mariano de São Lucas, conforme reportou o diário Avvenire no dia seguinte.Ainda que autoridades civis tenham ficado longe da exibição, seguindo os protestos da Igreja, os trabalhos de arte foram patrocinados pelo governo local de Bolonha.Apenas alguns dias depois veio uma notícia da Espanha, onde o jornal La Razón noticiou que em 23 de junho investigações legais estava em andamento em relação a imagens pornográficas de santos. Francisco Muñoz, oficial do Partido Socialista encarregado dos temas culturais na região espanhola de Extremadura, denunciado por seu papel em conceder patrocínio oficial a livros do fotógrafo José Antonio M. Montoya.Os livros continham fotos blasfemas de natureza pornográfica não somente em relação a santos, mas também sobre Jesus e Maria. Os livros foram publicados por autoridades do governo local e um deles também continha um prefácio escrito por Montoya.Quando os livros foram publicados este ano, as autoridades eclesiais fizeram fortes protestos. Uma nota de 15 de março de um comitê da Conferência Episcopal espanhola pedia maior respeito pela fé católica. As imagens contidas nos livros não somente são uma ofensa contra os crentes, mas perturbam a consciência de toda pessoa honrada, afirmava o documento.Neo-pagãosEnquanto isso, na França, autoridades prenderam três jovens acusados de ser responsáveis por uma série de profanações de igrejas em maio, incluindo uma capela do século XVI que foi queimada por inteiro. De acordo com uma reportagem publicada no jornal Le Monde em 26 de junho, os homens foram presos no dia 21 de junho pela policia da cidade de Quimper, na região da Bretanha, no noroeste do país.Os homens escreviam as inicias TABM nos lugares onde realizavam seus ataques, e anteriormente pensava-se que eles pertenciam a um grupo satânico. Depois se descobriu que os homens pertenciam ao grupo neo-pagão chamado «True Amorik Black Metal».Uma ofensa de natureza diferente foi confrontada pela Igreja da Inglaterra recentemente. A empresa de mídia Sony incluiu imagens de uma violenta troca de tiros na Catedral de Manchester como parte de um de seus novos jogos para o console de vídeo-game Playstation 3, como noticiou o jornal Times em 13 de junho. O deão da catedral, Rogers Govender, descreveu o jogo como um «sacrilégio virtual».Após protestos da Igreja Anglicana, apoiados no Parlamento pelo então primeiro-ministro Tony Blair, a Sony se retratou, segundo o Times, dois dias depois. A empresa disse que eles não tinham intenção de causar ofensa, mas ao mesmo tempo não indicaram que iriam retirar qualquer coisa do jogo ou atender ao pedido de que fizessem uma doação para o trabalho da catedral em educar os jovens contra o crime.O paganismo também retornou na Grécia, segundo o jornal britânico The Guardian, em 1 de fevereiro. O artigo fala sobre uma recente cerimônia pagã presidida pela autodenominada sacerdotisa Doreta Peppa, nas ruínas de um templo Ateniense dedicado ao antigo deus grego Zeus. De acordo com o Guardian, esta foi a primeira cerimônia do tipo desde que o Império Romano abandonou as religiões pagãs no quarto século.De acordo com o artigo, no ano passado, o grupo Ellinais, do qual Peppa faz parte, obteve reconhecimento legal como uma associação cultural. Isto foi um notável acontecimento, já que na Grécia todas religiões não-cristãs, excetuando-se o Islã e o Judaísmo, são proibidas. Membros do grupo esperam obter aprovação oficial para realizar cerimônias pagãs de batismo, casamento e funerais.Os pagãos também fazem progresso nos Estados Unidos, onde Wiccans (seguidores da Wicca, n.d.T.) recentemente ganharam uma batalha com o U.S. Departamento of Veterans Affair, como noticiou a Associated Press em 23 de Abril. O pentagrama da Wicca agora faz parte da lista de emblemas alojados em cemitérios nacionais em lápides governamentais de soldados mortos. O governo aceitou adicionar o símbolo a sua lista para acabar com um processo iniciado por um grupo de famílias.Discriminação cristãOutra vitória para os pagãos ocorreu na Escócia, onde a Universidade de Edimburgo deu permissão para a Sociedade Pagã ter sua conferência anual no campus, segundo o jornal Scotland de 27 de maio.A decisão gerou protestos por parte da União Cristã da universidade, que anteriormente viu um de seus eventos banido pelas autoridades do campus porque falava sobre os perigos da homossexualidade.«Está OK para outras religiões, como as pagãs, ter sua voz na universidade, mas há uma relutância aparente a permitir cristãos a fazerem o mesmo», comentou Matthew Tindale, da equipe da União Cristã.O artigo também citou Simon Dames, porta-voz da Igreja Católica na Escócia, que declarou ter sentido que a permissão para o festival pagão ir adiante enquanto barram o encontro da união é um exemplo de «Cristofobia».Os cristãos também estão alegando injusta discriminação em um caso inglês, agora no Tribunal Superior, segundo a BBC divulgou em 22 de junho. Lydia Playfoot, uma estudante de 16 anos, acusou a Millais School, em Horsham, West Sussex, de discriminação contra os cristãos por banir o uso de anéis de pureza.Ela foi ordenada pelo funcionário da escola para retirar seu anel, que simboliza castidade, ou seria expulsa. De acordo com a BBC um grupo de garotas da escola estava usando os anéis como parte de um movimento que originou nos Estados Unidos, chamado «Silver Ring Thing».A escola alegou que usar o anel infringia as regras em relação ao que as garotas podem usar. Playfoot protestou, apontando que alunas Sikh e Muçulmanas podem usar braceletes e véus na sala de aula. Ela também alegou que outras alunas regularmente quebram as regras com brincos no nariz, piercings na língua e cabelo tingido.Quando Playfoot recusou em remover o anel foi retirada da classe em mandada estudar por conta própria. A única razão de proibir os anéis foi porque a escola recusa “respeitar os aspectos da fé cristã que eles não estão familiarizados”, disse à BBC.União EuropéiaNum nível mais amplo, qualquer esperança de que a União Européia abrandasse sua oposição ao cristianismo apagou-se definitivamente. A Alemanha assumiu a presidência rotativa da União Européia no primeiro semestre deste ano e a Chanceler Angela Merkel declarou que deseja reabrir o debate sobre se deveria ou não o prólogo da nova constituição proposta mencionar a herança cristã do continente, de acordo com o Deutshce Welle em 24 de março.«Eu acredito que este tratado deveria estar ligado ao cristianismo e Deus, porque o cristianismo foi decisivo na formação da Europa», ela disse após um encontro com Bento XVI ano passado.Contudo, Merkel admitiu logo após que não havia esperança real de ter alguma menção na nova Constituição, de acordo com o mesmo Deutsche Welle em 15 de maio.Na Alemanha, a Igreja está preocupada com o futuro do cristianismo, como evidenciou num recente comentário o cardeal Karl Lehmann, presidente da Conferência Episcopal alemã. De acordo com uma reportagem de 22 de junho do Deutsche Welle, o cardeal alertou que um zelo demasiado pela neutralidade religiosa do Estado pode levar a que todos os credos venham a ser tratados da mesma forma, independentemente do número de seus fiéis e de sua história.«A profunda ligação cultural entre o cristianismo e nosso Estado legal, que veio da Idade Média, ou antes, não pode simplesmente ser ignorada», disse Lehmann, em um discurso dado na cidade de Karlsruhe.

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Valor do sofrimento

"Um instante de sofrimento aceito com resignação prepara, para quem sabe aproveitá-lo, um peso eterno de glória."
São Luis Maria Grignion de Montfort (1673 - 1716).

sábado, 3 de novembro de 2007

O Exorcismo de "Marta"

"O correspondente religioso de EL MUNDO vai, incrédulo, ao exorcismo que um sacerdote autorizado pelo Vaticano irá realizar. Mas fica comovido ao ver o que acontece com a jovem possuída pelo diabo" :
http://www.acidigital.com/apologetica/exorcismo/sesion1.htm

"O editorial de Hispanidad.com correspondente à edição de segunda-feira 30 de setembro é longo, mas garanto que vale a pena. É uma descrição, em primeira pessoa, de uma cerimônia de exorcismo celebrada em uma capela de Alcalá de Henares (Madri), cujo objetivo era libertar uma jovem possessa. Nessa sessão, de duas horas e meia de duração, estiveram presentes o diretor de Opinião de Hispanidad, Javier Paredes, e Luis Losada, que é o narrador. Outra sessão anterior, narrada pelo diretor de Religião do jornal El Mundo, José Manuel Vidal, e pelo responsável dessa mesma seção na agência EFE, provocou uma grande revolução. A sessão foi contada em El Mundo, e Vidal concluía dizendo que o que ele viu "não era uma montagem". De imediatamente, a reação de muitos (por exemplo, a de alguns leitores de El Mundo) foi a mesma: Como é possível que um jornal sério conte estas coisas? Ao que parece, ninguém se preocupou em adotar a atitude mais científica de todas: comprovar os fatos. Neste caso, como em qualquer outro descobrimento ou testemunho humano, cabem três atitudes: ou alguém enganou as testemunhas do exorcismo, ou as testemunhas enganam, ou é verdade que os demônios existem e que podem possuir o corpo de uma pessoa, sempre com a permissão divina.
Animo-lhes a ler o testemunho de Luis Losada, ratificado por Javier Paredes, sem preconceitos" : http://www.acidigital.com/apologetica/exorcismo/sesion2.htm

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Comentário do pregador da Casa Pontifícia à Solenidade de Todos os Santos

ROMA, quarta-feira, 31 de outubro de 2007 (ZENIT.org).- Publicamos o comentário do Pe. Raniero Cantalamessa, ofmcap. – pregador da Casa Pontifícia - sobre a liturgia da Solenidade de Todos os Santos.

Apocalipse 7, 2-4. 9-14; João 3, 1-3; Mateus 5, 1-12a

Quem são os santos? Faz tempo que os cientistas enviam sinais ao cosmos em espera de respostas por parte de seres inteligentes em algum planeta perdido. A Igreja desde sempre mantém um diálogo com os habitantes de outro mundo, os santos. É o que proclamamos ao dizer: «Creio na comunhão dos santos». Ainda que existissem habitantes fora do sistema solar, a comunicação com eles seria impossível, porque entre a pergunta e a resposta passariam milhões de anos. Aqui, ao contrário, a resposta é imediata, porque existe um centro de comunicação e de encontro comum que é Cristo Ressuscitado. Talvez também pelo momento do ano em que cai, a Solenidade de Todos os Santos tem algo especial que explica sua popularidade e as numerosas tradições ligadas a ela em alguns setores da cristandade. O motivo está no que diz João na segunda leitura. Nesta vida, «somos filhos de Deus e ainda não se manifestou o que seremos»; somos como o embrião no seio da mãe que anseia nascer. Os santos «nasceram» (a liturgia chama «dia do nascimento», dies natalis, no dia de sua morte); contemplá-los é contemplar nosso destino. Enquanto ao nosso redor a natureza se desnuda e caem as folhas, a festa de todos os santos nos convida a olhar para o alto; e nos recorda que não estamos destinados a ficar na terra para sempre, como as folhas. A passagem do Evangelho é a das bem-aventuranças. Uma em particular inspirou a escolha da passagem: «Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados». Os santos são aqueles que tiveram fome e sede de justiça, isto é, na linguagem bíblica, de santidade. Não se resignaram à mediocridade, não se contentaram com meias palavras. A primeira leitura da Solenidade nos ajuda a entender quem são os santos. São «os que lavaram suas vestes no sangue do Cordeiro». A santidade se recebe de Cristo; não é uma produção própria. No Antigo Testamento, ser santos queria dizer «estar separados» de tudo o que é impuro; na acepção cristã, quer dizer o contrário, ou seja, «estar unidos», mas a Cristo. Os santos, isto é, os salvos, não são só os que o calendário ou o santoral enumeram. Existem os «santos desconhecidos»: que arriscaram suas vidas pelos irmãos, os mártires da justiça e da liberdade, ou do dever, os «santos leigos», como alguém os chamou. Sem saber, também suas vestes foram lavadas no sangue do Cordeiro, se viveram segundo a consciência e lhes importou o bem dos irmãos.Surge espontaneamente uma pergunta: o que os santos fazem no paraíso? A resposta está, também aqui, na primeira leitura: os salvos adoram, deixam suas coroas ante o trono, exclamando: «Louvor, honra, bênção, ação de graças...». Realiza-se neles a verdadeira vocação humana, que é a de ser «louvor da glória de Deus» (Ef 1, 14). Seu coro é guiado por Maria, que no céu continua seu canto de louvor: «Minha alma proclama a grandeza do Senhor». É neste louvor que os santos encontram sua bem-aventurança e seu gozo: «Meu espírito se alegra em Deus». O homem é aquilo que ama e aquilo que admira. Amando e louvando a Deus, ele se une Deus, participa de sua glória e de sua própria felicidade.Um dia, um santo, São Simeão, o Novo Teólogo, teve uma experiência mística de Deus tão forte que exclamou para si: «Se o paraíso não for mais que isso, já me basta!». Mas a voz de Cristo lhe disse: «És bem mesquinho se te contentas com isso. O gozo que experimentaste em comparação com o do paraíso é como um céu pintado no papel com relação ao verdadeiro céu».
[Tradução realizada por Zenit]

terça-feira, 30 de outubro de 2007

"Completo em minha carne..." ( Col 1, 24)

Adolescente comove a Itália ao oferecer sua vida pela Igreja e o Papa
ROMA, 2007-10-24 (ACI).- Em outubro de 2006, Carlo Acutis tinha 15 anos de idade e sua vida se apagou por uma agressiva leucemia. O adolescente, oriundo de Milão, comoveu familiares e amigos ao oferecer todos os sofrimentos de sua enfermidade pela Igreja e pelo Papa. Seu testemunho de fé, que em alguns anos poderia valer o início de um processo de beatificação, sacode nestes dias a Itália, com a publicação de sua biografia.
"Eucaristia. Minha rodovia para o céu. Biografia de Carlo Acutis" é o título do livro escrito por Nicola Gori, um dos articulistas de L’Osservatore Romano, e publicado pelas Edições São Paulo.
Segundo os editores, Carlo "era um adolescente de nosso tempo, como muitos outros. esforçava-se na escola, entre os amigos, era um grande apaixonado por computadores. Ao mesmo tempo era um grande amigo de Jesus Cristo, participava da Eucaristia diariamente e se confiava à Virgem Maria. Morto aos 15 anos por uma leucemia fulminante, ofereceu sua vida pelo Papa e pela Igreja. Sua vida suscitou profunda admiração em quem o conheceu. O livro nasce do desejo de contar a todos sua simples e incrível historia humana e profundamente cristã".
"Meu filho sendo pequeno, e sobre tudo depois de sua Primeira Comunhão, nunca faltou à celebração cotidiana da Santa Missa e do Terço, seguidos de um momento de Adoração Eucarística", recorda Antonia Acutis, mãe de Carlo.
"Com esta intensa vida espiritual, Carlo viveu plena e generosamente seus quinze anos, deixando em quem o conheceu um profundo traço. Era um moço especialista em computadores, lia textos de engenharia informática e deixava a todos estupefatos, mas este dom o colocava a serviço do voluntariado e o utilizava para ajudar seus amigos", adiciona.
"Sua grande generosidade o fazia interessar-se em todos: os estrangeiros, os portadores de necessidades especiais, as crianças, os mendigos. Estar próximo a Carlo era esta perto de uma fonte de água fresca", assegura sua mãe.
Antonia recorda claramente que "pouco antes de morrer Carlo ofereceu seus sofrimentos pelo Papa e pela Igreja. Certamente o heroísmo com a qual confrontou sua enfermidade e sua morte convenceram a muitos que verdadeiramente era alguém especial. Quando o doutor que o acompanhava perguntava se sofria muito, Carlo respondeu: ‘Há gente que sofre muito mais que eu!".
"Fama de santidade"
Francesca Consolini, postuladora para a causa dos Santos da Arquidiocese de Milão, acredita que no caso de Carlo há elementos que poderiam levar a abertura de um processo de beatificação, quando se fizerem cinco anos de sua morte, como o pede a Igreja.
"Sua fé, singular em uma pessoa tão jovem, era poda e segura, levava-o a ser sempre sincero consigo mesmo e com os outros. Manifestou uma extraordinária atenção para o próximo: era sensível aos problemas e as situações de seus amigos, os companheiros, as pessoas que viviam perto a ele e quem o encontrava dia a dia", explicou Consolini.
Para a especialista, Carlo Acutis "tinha entendido o verdadeiro valor da vida como dom de Deus, como esforço, como resposta a dar ao Senhor Jesus dia a dia em simplicidade. Queria destacar que era um moço normal, alegre, sereno, sincero, voluntarioso, que amava a companhia, que gostava da amizade".
Carlo "tinha compreendido o valor do encontro cotidiano com Jesus na Eucaristia, e era muito amado e procurado por seus companheiros e amigos por sua simpatia e vivacidade", indicou.
"Depois de sua morte muitos sentiram a necessidade de escrever uma própria lembrança dele e outros comentaram que vão pedir sua intercessão em suas orações: isto fez com que sua figura seja vista com particular interesse" e em torno de sua lembrança está se desenvolvendo o que se chama "fama de santidade", explicou.
A apresentação do livro foi redigida por Dom Michelangelo Tiribilli, Abade Geral dos Beneditinos do Monte Oliveto, e se inclui o testemunho do sacerdote Gianfranco Poma, o pároco de Carlo.
Para mais informação sobre o livro escrito em italiano, pode-se visitar http://www.libreriauniversitaria.it/eucaristia-minha-autostrada-céu-biografia/libro/9788821560385

Halloween

Halloween é contrário à fé católica, assegura Arquidiocese Mexicana
MEXICO D.F., 2007-10-29 (ACI).- A Arquidiocese do México assinalou que "se procuramos ser fiéis a nossa fé e aos valores do Evangelho, teríamos que concluir que a atual festa do Hallowen não só não tem nada a ver com a celebração que deu origem, mas também inclusive é nociva e contrária à fé e a vida cristã".
Em um artigo de semanário 'Desde la Fe' correspondente a esta semana, a Arquidiocese considera que o Halloween "rende honra a uma cultura da morte, que é produto da mescla de costumes pagãos" e o mais grave "é que a festividade se foi identificando com grupos neopagãos e celebrações satânicas e ocultistas".
No texto intitulado: "Perguntas freqüentes sobre o Halloween" o Arcebispado assinala que essa celebração "dista muito do que devemos celebrar os cristãos: aos homens que amaram heroicamente a Deus", por isso exortou aos fiéis a não celebrar o Halloween.
Além se indica que em alguns países como ao México, Irlanda e Estados Unidos, durante esta festa "se realizam missas negras, cultos espíritas e outras reuniões relacionadas com o mal e o ocultismo".
O artigo também questiona o costume principalmente entre crianças, de disfarçar-se de bruxas, vampiros, fantasmas e monstros o que a entender são "expressões malévolas promovidas por correntes satânicas" e convidou aos pais a que em 1º de novembro disfarcem a seus filhos de personagens bíblicos ou alguma pessoa que "saibam que foi boa e que, portanto, certamente estará no céu".
O Arcebispado manifestou que continuará com sua campanha, iniciada há alguns anos, para que se acostume às crianças sobre "as coisas negativas do Halloween" e aconselha aos fiéis seguir com suas ações para rebater esta festa pagã como o concurso sobre a vida dos Santos e a catequese que se ministra às crianças nos dias prévios à festa de Todos os Santos.
Mais : http://www.google.com/search?q=site:www.mercaba.org+halloween

domingo, 21 de outubro de 2007

O melhor para Deus 1

Não se preocupe em fazer muitas coisas mas procura realizar perfeitamente aquilo que ache ser da vontade de Deus.
Santo Afonso de Ligório (1696 - 1787).

sábado, 20 de outubro de 2007

Frases marcantes do Prof. Jérôme Lejeune

"Não quero repetir o óbvio, mas na verdade, a vida começa na fecundação. Quando os 23 cromossomas masculinos se encontram com os 23 cromossomas femininos, todos os dados genéticos que definem o novo ser humano já estão presentes. A fecundação é o marco da vida".

"...Se logo no início, justamente depois da concepção, dias antes da implantação, retirássemos uma só célula do pequeno ser individual, ainda com aspecto de amora, poderíamos cultivá-la e examinar os seus cromossomas. E se um estudante, olhando-a ao microscópio não pudesse reconhecer o número, a forma e o padrão das bandas desses cromossomas, e não pudesse dizer, sem vacilações, se procede de um chimpanzé ou de um ser humano, seria reprovado. Aceitar o facto de que, depois da fertilização, um novo ser humano começou a existir não é uma questão de gosto ou de opinião."

"A natureza humana do ser humano, desde a sua concepção até à sua velhice não é uma disputa metafísica. É uma simples evidência experimental."

"No princípio do ser há uma mensagem, essa mensagem contém a vida e essa mensagem é uma vida humana".

"Penso pessoalmente que diante de um feto que corre um risco, não há outra solução senão deixá-lo correr esse risco. Porque, se se mata, transforma-se o risco de 50% em 100% e não se poderá salvar em caso nenhum. Um feto é um paciente, e a medicina é feita para curar... Toda a discussão técnica, moral ou jurídica é supérflua: é preciso simplesmente escolher entre a medicina que cura e a medicina que mata".

"Um único critério mede a qualidade de uma civilização: o respeito que ela prodiga aos mais fracos de seus membros. Uma sociedade que esquece isso está ameaçada de destruição. A civilização consiste, muito exactamente, em fornecer aos homens o que a natureza não lhes deu. Quando uma sociedade não admite os deserdados, ela vira as costas à civilização."

"A sociedade não tem que lutar contra a doença, suprimindo o doente."

"A natureza condena e não cabe à medicina executar a sentença mas sim transformar a pena."

Jérôme Lejeune(1926-1994) foi médico geneticista e pediatra francês. Descobridor da causa genética da Síndrome de Down em 1958, dedicou-se integralmente ao tratamento das doenças genéticas que atingem as crianças e à defesa incansável a vida humana em todos os seus estágios. Durante o período em que foi chefe da unidade de Citogenética do Hospital Necker – Enfants Malades, em Paris, sua equipe estudou mais de 30.000 casos de doenças genéticas e tratou de mais de 9.000 pacientes com doenças que afetam a inteligência. Recebeu diversos prêmios acadêmicos e doutorados honoris causa. Diversos professores universitários, políticos e meios de comunicação acusaram a sua morte de câncer, em 1994, e o Papa João Paulo II enviou uma longa carta à sua família. Sob o seu exemplo, foi fundada o Fundação Jérôme Lejeune que se dedica à pesquisa e ao tratamento de doenças genéticas que afetam a inteligência das crianças, bem como o portal Gene-éthique, voltado para temas de bioética. *
*http://www.quadrante.com.br/Pages/servicos02.asp?id=273&categoria=Etica_Bioetica

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Tarde te Amei

"Tarde te amei, Beleza tão antiga e tão nova, tarde te amei! Tu estavas dentro de mim e eu te buscava fora de mim. Como um animal buscava as coisas belas que tu criaste. Tu estavas comigo, mas eu não estava contigo. Mantinham-me atado, longe de ti, essas coisas que, se não fossem sustentadas por ti, deixariam de ser. Chamaste-me, gritavas-me, rompeste minha surdez. Brilhaste e resplandeceste diante de mim, e expulsaste dos meus olhos a cegueira. Exalaste o teu Espírito e aspirei o seu perfume, e desejei-te. Saboreei-te, e agora tenho fome e sede de ti. Tocaste-me, e abrasei-me na tua paz."
Santo Agostinho ( 354 - 430)

Silhueta de João Paulo II em fogueira

CIDADE DO VATICANO, terça-feira, 16 de outubro de 2007 (ZENIT.org).- A foto de uma fogueira na qual parece ver-se a silhueta de João Paulo II atraiu a atenção da mídia internacional, fazendo algumas pessoas pensarem na possibilidade de um milagre.A foto foi tirada em Beskid Zywiecki, povoado polonês próximo da cidade natal de João Paulo II, Wadowice, em 2 de abril passado, enquanto se celebrava uma vigília em lembrança dos dois anos da morte do Papa. A imagem, segundo as testemunhas, foi tirada às 21h37 desse dia, ou seja, na hora exata na qual o bispo de Roma polonês faleceu há dois anos. Ela foi publicada nesta segunda-feira pelo Pe. Jarek Cielecki no canal televisivo italiano «Vatican Service News» (VSN), do qual é diretor, e confessa à Zenit que não se esperava um impacto tão grande. «Não digo que seja um milagre. Não falo de coisas sensacionais. Mas está claro que há um sinal, não se pode dizer que não se vê nada», indica o sacerdote. «Para mim é um sinal, pois também é preciso levar em consideração o lugar e o momento. O fotógrafo tirou duas fotos por minuto. Só na das 21h37 e 30 segundos se pode ver a imagem. Nas demais não se reconhece nada no fogo.»«A foto – explica – foi analisada cientificamente e se demonstrou que não foi submetida a retoques.»«Surpreendeu-me que tantos jornais e emissoras a tenham publicado. Quer dizer que nos encontramos ante um fato. Não digo que se tem que crer nisso, mas este fato pode alentar quem crê.»«Se não crê, ao menos tem que ter respeito e não ser cínico. E um crente, que desde o início o nega, tem que estar atento, pois não podemos dizer categoricamente que não é um sinal. Atenção para não ser superficiais», adverte. O Pe. Thomas Williams L.C., decano da Faculdade de Teologia do Ateneu «Regina Apostolorum», explica «Deus nos fala da maneira que ele quiser, de forma que milagres desse tipo não podem ser descartados». «Não há dúvida de que a foto apresenta uma forma parecida com João Paulo II, e o fato de que tenha sido tirada em 2 de abril, no aniversário da morte do Papa, é ao menos uma extraordinária coincidência», acrescenta em declarações à Zenit. «Ninguém está obrigado a crer nisso, e a Igreja não declarará oficialmente que aconteceu algo milagroso neste caso», indica. «Mas quem quiser ver a mão de Deus nisso se sentirá alentado a pensar que João Paulo II continua intercedendo por nós desde o céu, como sem dúvida acontece.»«Nossa fé não se baseia nesse tipo de eventos, mas Deus nos envia muitos sinais de sua presença e de atenção providencial, de forma que não há motivo para que este não seja um desses casos», conclui o Pe. Williams. A foto pode ser vista em http://www.catholicpressphoto.com/servizi/2007-10-10-fiamma-jpii/default.htm.

Histórias de horror

http://www.acidigital.com/noticia.php?id=11605

Enfermeiras denunciam macabros infanticídios em hospital de Porto Rico

SAN JUAN, 16 Out. 07 / 12:00 am (ACI).- Ao menos 52 enfermeiras da sala de partos do Hospital Universitário no Centro Médico desta capital, anunciaram que já não assistirão os abortos que aí se praticam porque não estão de acordo com os macabros métodos empregados e não querem pertencer ao negócio do aborto.
O caso deste hospital confirmou que a "legalidade" do aborto não troca sua essência infanticida. A publicação católica 'El Visitante' entrevistou uma porta-voz das enfermeiras. Ela assinalou que as profissionais decidiram opor-se às práticas logo que o hospital estabelecesse o "Protocolo para Terminações de Gravidez", um documento que detalha a forma em que se praticam os abortos neste hospital público.
O Visitante recordou que o Hospital Universitário é um centro de serviços a pacientes com múltiplos traumas ou condições que não podem ser atendidas por outras instituições hospitalares do país. Funciona com recursos públicos e embora o aborto não seja proibido no estado de direito vigente, a Corte Suprema dos Estados Unidos decidiu que os Estados não estão requeridos a "entrar no negócio do aborto" e que não existe um direito de ajuda governamental para praticá-lo.
Entretanto, a enfermeira entrevistada assegurou que a quantidade de abortos provocados que se praticam na área de recuperação da sala de partos do Hospital Universitário aumentou drasticamente há dois anos e se calcula que pelo menos cem crianças morreram nestes procedimentos financiados com os tributos dos porto-riquenhos.
O Protocolo em questão delimita as técnicas para abortar até os três meses de gestação e as usadas em gravidezes de quatro meses ou mais. Além disso, enumera uma lista de "feticidas" -agentes para matar o bebê dentro do ventre materno-, que se empregam depois dos quatro meses e meio de gravidez.
Um dos procedimentos abortivos mais comuns no hospital é administrar o fármaco Cytotec às gestantes, para provocar contrações e expulsar ao nascituro.
"Você sabe o que é ver o bebê movendo os pezinhos e as mãozinhas e não poder fazer nada", declarou a enfermeira lamentando não poder ajudar para salvá-los.
E é que os concebidos no segundo trimestre de gestação medem 12 centímetros e não podem sobreviver fora do ventre materno porque seus pulmões e outros órgãos vitais não estão suficientemente amadurecidos. Segundo as enfermeiras, estes bebês já expulsos se movem até morrerem asfixiados.
Outra prática freqüente no hospital é aplicar um fármaco de nome Digoxin -que serve para pacientes com problemas cardíacos- no coração do nascituro, para que morra no ventre da mãe por uma parada cardíaca. Em seguida, a gestante é submetida a uma "evacuação mecânica" ou "dilatação e evacuação". Nesta técnica, o corpo do concebido é despedaçado e extraído por partes com uma pinça.
A "Folha Informativa e Consentimento para Terminação de Gravidez" do Hospital Universitário, indica que este método deve usar-se em gravidezes de 18 semanas ou mais. Entretanto, a enfermeira assegura ter visto abortos com o Digoxin em mulheres de até 26 semanas de gravidez, ou seja, seis meses.
Quando o pessoal da área de farmácia do Hospital Universitário soube do uso abortista do Digoxin se negou a despachá-lo. Então, uma das médicas começou a injetar água nos pulmões dos concebidos para provocar uma morte por edema pulmonar dentro do ventre materno e proceder tirar o corpo sem vida.
Entre os agentes feticidas incluídos no Protocolo do Hospital Universitário figura o cloreto de potássio, um dos três ingredientes utilizados na execução de prisioneiros sentenciados a pena de morte por injeção letal.
O cloreto de potássio provoca a parada cardíaca durante a execução. Entretanto, quem se opõe à pena de morte advertiram que sua aplicação é tão dolorosa que as normas veterinárias exigem que nos casos de eutanásia, as mascotes estejam inconscientes antes de injetar uma solução deste sal.
Segundo a enfermeira, estes abortos se justificam sob o conceito de "saúde da mãe", que inclui quadros de depressão; "más formações do feto", que inclui síndrome de Down; ou violação sexual.
"Às vezes nos colocamos a falar com as mulheres e nos dizem que na realidade não foram violadas, mas tiveram problemas com o papai da criança e não podem ter ao bebê agora", revelou a enfermeira e assegurou que elas estão "aqui para dar vida, não para tirá-la".
As enfermeiras se reuniram com a divisão legal do Departamento de Saúde, onde, receberam apoio devido a que assiste o direito à objeção de consciência.
Embora segundo a porta-voz, "a maioria dos doutores em sala de parto tampouco estão de acordo com isto", denunciou que "existem planos de contratar enfermeiras novas que assistam os abortos e designar uma área à parte dentro deste hospital público para esses fins. De ser assim, o salário deste novo pessoal e os custos de habilitar uma área separada também poderiam ficar favorecidos com recursos públicos".