terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Oração de Santo Tomás de Aquino

Concede-me , Senhor meu Deus, uma inteligência que te conheça, uma angústia que te procure, uma sabedoria que te encontre, uma vida que te agrade, uma perseverança que te espere com confiança e uma confiança que te possua, enfim!

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Reconhecida autenticidade de aparições marianas em Ruanda

As aparições de Kibeho, o aviso e o castigo
Em muitas manifestações sobrenaturais, Nossa Senhora alerta, como Mãe, sobre a proximidade da punição; mas Ela não pode opor-se à justiça divina, quando os pecadores não cessam de ofender a Deus. Não correspondendo à advertência, o castigo se descarrega sobre os homens.
Valdis Grinsteins
São 12:35 h do dia 28 de novembro de 1981, na localidade de Kibeho, em Ruanda, pequeno país localizado bem no coração da África. No refeitório da escola religiosa que freqüenta, Alphonsine Mumureke, de 17 anos, ouve uma voz: “Minha filha!”.
Julgando estranho esse chamado, a adolescente dirige-se ao corredor do edifício e encontra uma linda Senhora. Esta aparece toda vestida de branco, com um véu em torno do pescoço, as mãos juntas sobre o peito como em oração.
Alphonsine pergunta-lhe: “Quem é a Senhora?”.
— “Ndi Nyina Wa Jambo” (responde ela na língua nativa) — “Sou a Mãe do Verbo”. E continua: “Vim para te acalmar, porque tenho escutado tuas orações. Quisera que tuas amigas tivessem muita fé, porque elas não crêem com fé suficiente”
Inicia-se a extraordinária história de uma das poucas aparições do século XX reconhecidas até agora pela Igreja.
Com efeito, das cerca de 400 aparições marianas registradas no século XX, cerca de 12 têm reconhecimento do Vaticano ou dos bispos com jurisdição no local da aparição. Este reconhecimento deu-se em 29 de junho pelo bispo Augustine Misago, numa missa na catedral de Gikongoro, na qual estavam presentes os outros bispos do país e o núncio apostólico em Kigali, Mons. Salvatore Pennacchio. No mesmo dia o Vaticano publicou a notícia da aprovação, dando assim respaldo à declaração episcopal(1).

Confusão: artifício do demônio
Quem pela primeira vez toma conhecimento das aparições de Kibeho nota que em torno delas se apresenta uma característica comum: a confusão. Em Kibeho, após ter aparecido a Alphonsine, Nossa Senhora ainda manifestou-se a outras duas moças, Nathalie Mukamazimpaka (entre janeiro de 1982 e 3 de dezembro de 1983) e Maria Clara Mukangango (que viu Nossa Senhora várias vezes entre 2 de março e 15 de setembro de 1982). A própria Alphonsine teve várias aparições até 1989. Estas, e as aparições às outras duas videntes, foram confirmadas pela autoridade eclesiástica.
É freqüente porém que, havendo verdadeiras aparições em determinado lugar, o demônio procure multiplicar o número de “videntes” e de falsas aparições para desacreditar as verdadeiras. Assim, surgiram pouco depois outras pessoas dizendo ter sido favorecidas por aparições sobrenaturais, começando então a circular todo tipo de supostas mensagens “celestes”. Houve até pessoas que, seguindo falsos visionários, chegaram ao suicídio coletivo...
As primeiras aparições — as verdadeiras — ocorreram na escola onde as jovens estudavam, despertando reações diversas, favoráveis e contrárias. No início, numerosas pessoas zombavam de Alphonsine. Uma das mais desconfiadas era Maria Clara, que depois, ela própria, foi favorecida por numerosas aparições. Com o passar do tempo, e tendo ocorrido várias conversões, foi aumentando a aceitação do fato sobrenatural.

Noção do pecado coletivo
O bispo Augustine Misago, numa missa da catedral de Gikongoro, reconheceu a veracidade das aparições. Em tão numerosas aparições, o que Nossa Senhora comunicou?
Essencialmente Ela pediu orações, a renúncia ao pecado, o arrependimento e confissão destes. E, ponto importante a ser notado, mostrou as conseqüências do pecado.
Hoje em dia, a maioria das pessoas considera que ser católico consiste em assistir à missa aos domingos e, quando muito, praticar em particular ou em pequenos grupos alguma ação religiosa ou social.
A idéia de que Deus deve ser reconhecido e cultuado pelos homens não só individualmente, mas pelo conjunto da sociedade enquanto tal, e de forma pública, está infelizmente desaparecendo. E a par disso vai se extinguindo em nossos contemporâneos a noção da gravidade do pecado coletivo. É por isso que numerosos católicos manifestam-se indiferentes quanto ao combate aos pecados coletivos, como a adoção legal do aborto, do homossexualismo, do laicismo, do ateísmo etc. Pensam eles que, não cometendo tais pecados particularmente, não têm outras obrigações, e com isso estariam isentos de qualquer castigo divino.
Entretanto, Nossa Senhora nessas aparições revelou as graves conseqüências dos numerosos pecados coletivos que se cometiam em Ruanda. Por exemplo, pouco antes das aparições, houve no país uma onda de destruições de imagens religiosas. Não consta que tenham sido praticados atos públicos em reparação por tais pecados.
Por isso, têm especial importância as aparições ocorridas no dia 19 de agosto de 1982, em que as videntes viram Nossa Senhora chorando. Elas também acompanharam o pranto da Mãe de Deus. Mais de uma vez, alguma delas chegou a desmaiar. No total, foram oito horas seguidas de visões
terrificantes : multidões em fuga por ocasião das matanças profetizadas por Nossa Senhora nas aparições .Segundo as jovens, Nossa Senhora apareceu triste, contrariada, verdadeiramente “encolerizada”.
Alphonsine Mumureke contou que a Santíssima Virgem chorava. E as três jovens foram vistas tremendo, batendo os dentes e caindo por terra como mortas. Disseram elas ter visto “um rio de sangue, pessoas que se matavam umas às outras, cadáveres abandonados sem alguém que os enterrasse, uma árvore toda em fogo, um abismo escancarado, um monstro, cabeças decapitadas”. E contaram ter ouvido dos lábios da belíssima Senhora, envolta num traje esplendoroso, frases do tipo: “Os pecados são mais numerosos que as gotas do mar. O mundo corre em direção à ruína. O mundo está cada vez pior”(2).
Nesse dia, milhares de pessoas estiveram presentes no local das aparições. Todas saíram sob uma forte impressão de medo e tristeza.

Confirmação das visões
A última aparição de Kibeho, em 28 de novembro de 1989, ocorreu exatamente oito anos após a primeira. O bispo local nomeou uma comissão médica e outra teológica para investigar os fatos. Um santuário foi construído no local das aparições, tornando-se ponto de peregrinações.
Mas não se operou a conversão dos pecadores como Nossa Senhora pedira e, menos de cinco anos após a última aparição, caiu o tremendo castigo sobre aquela infeliz nação africana.
Entre abril e junho de 1994, ocorreu uma onda de massacres cuidadosamente planejada. Em Ruanda, onde quase metade da população se declarava católica, foi sendo cultivado, sob diversos pretextos, o ódio entre as duas raças principais que compõem o país: a dos hutus e a dos tutsis.
Invocando a morte do presidente do país em um atentado, 30.000 facínoras, aglutinados em torno de um partido, lançaram-se numa cruel caçada aos adversários. Aldeias inteiras foram massacradas, sendo a maioria das vítimas mortas a machadadas. Tantos corpos foram lançados no rio Kagera, que este ficou conhecido como Rio do sangue.
Pior. Numa terra já devastada por numerosas matanças, as igrejas haviam sido refúgios respeitados, onde as pessoas podiam se proteger para escapar às carnificinas. Mas desta vez isto não aconteceu. O próprio santuário edificado em Kibeho, repleto de refugiados — aproximadamente 4.000 pessoas — foi cercado pelos milicianos hutus. Estes lançaram granadas dentro do templo, mataram os sobreviventes a machadadas e queimaram os restos do edifício sagrado.
Uma das videntes, Maria Clara Mukangango foi morta ,com o marido, no povoado de Byumba.
No decorrer de três meses milhares de pessoas foram massacradas. Até hoje o número exato é controvertido. Alguns falam em 250.000, outros chegam a calcular um milhão. A cifra mais provável gira em torno de 800.000 mortos. Verdadeiro massacre, classificado como “o maior genocídio africano dos tempos modernos”(3).

Advertência para todo o mundo
Numa das aparições, Nossa Senhora comunicou a uma das videntes, Maria Clara: “Quando falo contigo, não estou me dirigindo só a ti. Mas estou fazendo um apelo a todo o mundo”. A vidente narrou que a Virgem descrevia o mundo como estando “em revolta” contra Deus.
Dificilmente alguém pode negar tal afirmação. Os pecados dos quais Nossa Senhora se queixou em Ruanda são cometidos — e quantos até mais graves — em todo o mundo. Basta pensar na proliferação das legislações abortistas, e as do chamado “casamento” homossexual.
Se em Ruanda os pecados descritos por Nossa Senhora foram punidos com tanta severidade, os pecados coletivos que se cometem em nosso País não devem também atrair, no rigor da lógica, tremendos castigos divinos?
Seriam então tais considerações motivo para desânimo? Pelo contrário! Devem ser elas motivo para animar-nos a atuar com mais empenho em prol da restauração de uma sociedade plenamente católica. Se o castigo divino nos surpreender em meio a essa benemérita atuação, a misericórdia de Deus tomará isso em consideração, em nosso favor.
E-mail do autor: Valdisgr@Yahoo.com
______
Notas:
(1) Cfr. “Radio Vaticana”, 30-6-01.
(2) “Avvenire”, Milão, 30-6-01, Sim, Maria realmente apareceu em Ruanda.
(3) “BBC”on line, Londres, 7-6-01, Rwanda, how the genocide happened.

Mais em :
http://www.corazones.org/maria/kibeho.htm
http://www.youtube.com/watch?v=sfTtIl_MXaU
Zenit :
Ano jubilar pelo 25º aniversário das aparições marianas em Ruanda [2006-11-10]Anuncia a diocese de Gikongoro
Projeto cinematográfico sobre as aparições da Virgem em Ruanda [2005-10-07]Apoiado por «Ajuda à Igreja que Sofre»
Consagrado o santuário de Kibeho, símbolo de paz para Ruanda [2003-06-03]O cardeal Sepe presidiu a cerimônia chamando à conversão

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Sacerdote ortodoxo romeno e sua paróquia se tornam católicos

Após cura de sua mãe de um tumor inoperável por intercessão de São Pio de Pietrelcina
PESCENA, terça-feira, 27 de novembro de 2007 (ZENIT.org).- Enquanto na Itália se intensificava o debate sobre os estigmas do Padre Pio, em um povoado da Romênia se punha a primeira pedra da primeira igreja dedicada ao santo de Pietrelcina, em um dos países que até pouco tempo girava em torno da União Soviética.O evento, segundo informou Renzo Allegri à Zenit, aconteceu no povoado de Pesceana, comarca de Valcea, na Romênia centro-meridional, graças ao Pe. Victor Tudor, sacerdote romeno que, até alguns anos atrás, era ortodoxo, mas que, após conhecer a existência do Padre Pio e ser testemunha de um grande milagre, realizado por Deus por intercessão do santo capuchinho, quis entrar na Igreja Católica e com ele todos os seus paroquianos. Tudo começou em 2002. Lucrecia Tudor, mãe do Pe. Victor, que tinha então 71 anos, tinha um tumor no pulmão esquerdo. Os médicos romenos, após submetê-la a exames clínicos, disseram que lhe restavam poucos meses de vida. Não se podia nem sequer tentar uma intervenção cirúrgica porque o tumor produziu metástase. O Pe. Victor pediu ajuda a seu irmão, Mariano Tudor, um jovem e reconhecido pintor romeno, especialista em iconografia, que vive e trabalha em Roma, esperando que conhecesse algum importante médico italiano, capaz de realizar o impossível. Mariano contatou com um dos cirurgiões mais célebres do mundo, que havia operado inclusive Bill Gates. «Faça a sua mãe chegar a Roma e tentarei salvá-la», disse o professor. Mariano levou a sua mãe a Roma e o professor examinou o expediente clínico dos colegas romenos e realizou exames mais detalhados na paciente. Mas também ele, ante o quadro clínico, disse que uma operação era já inútil. Podia-se intervir só com fármacos para sedar as dores que seriam fortes, sobretudo na fase terminal. Mariano ficou com sua mãe em Roma e a levava ao hospital para realizar controles. Estava trabalhando no mosaico de uma igreja e, como sua mãe não conhecia o italiano, ele a levava consigo. Enquanto ele trabalhava, sua mãe percorria a igreja, contemplando os quadros e as estátuas. Em um lugar, havia uma grande estátua do Padre Pio. Lucrecia ficou impressionada e perguntou a seu filho quem era. Mariano lhe relatou brevemente a história. Nos dias seguintes, ele percebeu que sua mãe passava todo o tempo sentada diante da imagem, com a qual conversava como se fosse uma pessoa viva. Passados cerca de quinze dias, Mariano levou sua mãe ao hospital para o controle e os médicos constataram com estupor que o tumor havia desaparecido. A mulher, ortodoxa, pediu ajuda ao Padre Pio e este a havia escutado. «A cura prodigiosa de minha mãe, realizada por intercessão do Padre Pio a favor de uma mulher ortodoxa, me impressionou muito – relata o Pe. Victor. Comecei a ler a vida do santo italiano. Contei a meus paroquianos o que havia acontecido. Todos conheciam a minha mãe e todos sabiam que havia ido à Itália para tentar uma intervenção cirúrgica, e que depois havia voltado para casa curada sem que nenhum médico a tivesse operado. Em minha paróquia, começaram a conhecer e a amar o Padre Pio. Líamos tudo o que encontrávamos sobre ele. Sua santidade nos conquistava. Enquanto isso, também outros enfermos de minha paróquia receberam graças extraordinárias do Padre Pio. Entre minha gente se difundiu um grande entusiasmo e, pouco a pouco, decidimos tornar-nos católicos, para estar mais próximos dele.»A passagem da Igreja Ortodoxa à Católica requereu um longo procedimento jurídico. E dificuldades de todo tipo, explica em seu artigo Renzo Allegri. Mas o Pe. Victor e seus paroquianos não se detiveram ante as dificuldades. «Com a ajuda do Padre Pio – diz Allegri – seus projetos se tornaram realidade. E imediatamente começaram a recolher os fundos necessários para a construção de uma igreja para dedicá-la ao Padre Pio». «Os fundos são o resultado das economias desta pobre gente, e da ajuda de alguns católicos alemães que souberam de nossa história», diz o Pe. Victor. «E são meus paroquianos os que estão levando adiante as obras, trabalhando gratuitamente. Em maio, iniciamos as obras de fundação. Há alguns dias, celebramos solenemente a colocação da primeira pedra. E foi uma grande festa, porque quem veio para celebrar a cerimônia foi sua beatitude Lucian Muresan, arcebispo metropolitano de Fagaras e Alba Julia dos Romenos, ou seja, a máxima autoridade da Igreja greco-católica na Romênia. Ao acabar a cerimônia, o metropolita quis conhecer a minha mãe, curada por um milagre do Padre Pio, e tirou uma foto com ela.»